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Vem aí a República! 1906-1910

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Há livros que desde sempre se querem escrever. Mas que nem por isso acontecem. Ou acontecem depois de muitas vezes adiados. Planeada, começada e abandonada várias vezes, aqui vem finalmente a minha proclamação da República. A República concretiza-se nos primeiros anos do século, quando o regime monárquico se mostra exaurido e incapaz de conduzir e governar o País. Nada parece evitável do que lhe sucede em cascata de descalabros. Um erro puxa outro, numa sequência que parece conduzir ao 5 de Outubro. Embora não se acredite em fatalidades. Mas a verdade é que a monarquia não soube ou não quis perdurar. D. Carlos 1º, O Último, arriscou-se a uma ditadura, a pior das soluções, sem que se chegasse a perceber bem porquê. Disso decorre o final abrupto da sua própria vida. E os pouco mais de dois anos que se seguem não passam de um tempo de preparação para o partido republicano. E de um tempo de demonstração da absoluta impossibilidade da monarquia se tornar aceitável: dela se disse ser um regime incompatível com a dignidade e prosperidade da Nação. Vista na sua cronologia, a proclamação da República parece inelutável. E bambúrrio foi a relativa facilidade da sua concretização: apenas. Responsabilidades foram, no dizer de um anónimo monárquico, as dos que sacrificaram a administração pública às preocupações da política. As dos que mais contribuíram para a desorganização da política monárquica. As dos que mais puseram a realeza directamente em foco e em cheque. As dos que, por nefastos conluios ou compromissões com o republicanismo, enfraqueciam a acção monárquica e fortificavam o impulso republicano. As, finalmente, dos que, envolvidos em tais compromissões, ou mesmo fora d elas, no momento crítico, por covardia, traição, ou simples inépcia, não souberam ocupar o seu posto de honra. Responsáveis teriam sido, afinal, todos os monárquicos. A questão dos tabacos abre a série, seguem-se os adiantamentos à Casa Real, o caso do Crédito Predial, entre os mais gravosos. Não poucos episódios aparentemente menores se acumulam para ajudar à liquidação do regime. A insofismável imposição de inquéritos, publicação de documentos e ajuste de contas velhas, que alvoroçavam o país nos últimos anos da monarquia anunciavam o desfazer da feira. Era esse percurso a caminho do fim que eu queria narrar. Por necessidade interior. Sendo republicano e educado em meio republicano, conheço razoavelmente as vicissitudes do regime e o quanto foi desacreditado por adversários e mesmo por seguidores. Nem por isso o tenho por menos decisivo e menos generoso. E capaz de dignificar os cidadãos que deixaram de ser súbditos. A centralidade da cidadania é o grande contributo do novo regime. Que nunca pode ser minimizado. O presente livro trata apenas dos últimos anos da monarquia, desde a substituição do último ministério da presidência de José Luciano de Castro pelo de Hintze Ribeiro (Março de 1906), até à proclamação da República em Lisboa, na manhã de 5 de Outubro de 1910. Naturalmente que se confina aos aspectos políticos, porque esses foram os decisivos na trama dos acontecimentos que levaram ao fim da monarquia. O primado do político neste caso é evidente. Ao longo do texto são muitas as citações de escritos da época. Impôs-se-me deixar que fossem as fontes a transmitir o que se passou. Para assim conservar um insubstituível sabor. Buscando em publicações muito variadas essa multiforme informação que enriquece uma narrativa. De um tempo afinal tão próximo e ao mesmo tempo já tão distante. A todos os que de algum modo me ajudaram a encontrar documentos, livros, revistas e jornais os devidos agradecimentos. Não me faltaram amizades nem generosidades. Coimbra, 31 de Janeiro de 2009 Joaquim Romero Magalhães
Autor(es):
Joaquim Romero Magalhães
Dimensões:
23,0cm x 16,0cm x 2,5cm
Páginas:
450
ISBN:
9789724039640
Código:
0000013631
Código de barras:
9789724039640
Data de Lançamento:
01/01/2018
Coleção:
Fora de Coleção
Peso:
910
  • Informações do produto Seta - Abrir
    Há livros que desde sempre se querem escrever. Mas que nem por isso acontecem. Ou acontecem depois de muitas vezes adiados. Planeada, começada e abandonada várias vezes, aqui vem finalmente a minha proclamação da República. A República concretiza-se nos primeiros anos do século, quando o regime monárquico se mostra exaurido e incapaz de conduzir e governar o País. Nada parece evitável do que lhe sucede em cascata de descalabros. Um erro puxa outro, numa sequência que parece conduzir ao 5 de Outubro. Embora não se acredite em fatalidades. Mas a verdade é que a monarquia não soube ou não quis perdurar. D. Carlos 1º, O Último, arriscou-se a uma ditadura, a pior das soluções, sem que se chegasse a perceber bem porquê. Disso decorre o final abrupto da sua própria vida. E os pouco mais de dois anos que se seguem não passam de um tempo de preparação para o partido republicano. E de um tempo de demonstração da absoluta impossibilidade da monarquia se tornar aceitável: dela se disse ser um regime incompatível com a dignidade e prosperidade da Nação. Vista na sua cronologia, a proclamação da República parece inelutável. E bambúrrio foi a relativa facilidade da sua concretização: apenas. Responsabilidades foram, no dizer de um anónimo monárquico, as dos que sacrificaram a administração pública às preocupações da política. As dos que mais contribuíram para a desorganização da política monárquica. As dos que mais puseram a realeza directamente em foco e em cheque. As dos que, por nefastos conluios ou compromissões com o republicanismo, enfraqueciam a acção monárquica e fortificavam o impulso republicano. As, finalmente, dos que, envolvidos em tais compromissões, ou mesmo fora d elas, no momento crítico, por covardia, traição, ou simples inépcia, não souberam ocupar o seu posto de honra. Responsáveis teriam sido, afinal, todos os monárquicos. A questão dos tabacos abre a série, seguem-se os adiantamentos à Casa Real, o caso do Crédito Predial, entre os mais gravosos. Não poucos episódios aparentemente menores se acumulam para ajudar à liquidação do regime. A insofismável imposição de inquéritos, publicação de documentos e ajuste de contas velhas, que alvoroçavam o país nos últimos anos da monarquia anunciavam o desfazer da feira. Era esse percurso a caminho do fim que eu queria narrar. Por necessidade interior. Sendo republicano e educado em meio republicano, conheço razoavelmente as vicissitudes do regime e o quanto foi desacreditado por adversários e mesmo por seguidores. Nem por isso o tenho por menos decisivo e menos generoso. E capaz de dignificar os cidadãos que deixaram de ser súbditos. A centralidade da cidadania é o grande contributo do novo regime. Que nunca pode ser minimizado. O presente livro trata apenas dos últimos anos da monarquia, desde a substituição do último ministério da presidência de José Luciano de Castro pelo de Hintze Ribeiro (Março de 1906), até à proclamação da República em Lisboa, na manhã de 5 de Outubro de 1910. Naturalmente que se confina aos aspectos políticos, porque esses foram os decisivos na trama dos acontecimentos que levaram ao fim da monarquia. O primado do político neste caso é evidente. Ao longo do texto são muitas as citações de escritos da época. Impôs-se-me deixar que fossem as fontes a transmitir o que se passou. Para assim conservar um insubstituível sabor. Buscando em publicações muito variadas essa multiforme informação que enriquece uma narrativa. De um tempo afinal tão próximo e ao mesmo tempo já tão distante. A todos os que de algum modo me ajudaram a encontrar documentos, livros, revistas e jornais os devidos agradecimentos. Não me faltaram amizades nem generosidades. Coimbra, 31 de Janeiro de 2009 Joaquim Romero Magalhães
  • Especificações Seta - Abrir
    Autor(es):
    Joaquim Romero Magalhães
    Dimensões:
    23,0cm x 16,0cm x 2,5cm
    Páginas:
    450
    ISBN:
    9789724039640
    Código:
    0000013631
    Código de barras:
    9789724039640
    Data de Lançamento:
    01/01/2018
    Coleção:
    Fora de Coleção
    Peso:
    910